Recrutadores têm usado questões pouco
usuais para avaliar competências como capacidade de raciocínio e jogo de
cintura
Você está na fase final daquele sonhado
processo de trainee quando de repente o entrevistador pergunta: Quantas
bolinhas de gude cabem nesta sala? O que você faria se soubesse que a sua
aprovação também depende da resposta dessa pergunta? Questões como essa e
outras ainda mais inusitadas e curiosas estão se tornando comuns em processos
de trainee e seleções de emprego.
Ano a ano, milhares de profissionais
disputam uma quantidade restrita de vagas em programas de recrutamento.
Elaborar perguntas que aparentemente parecem impossíveis de serem respondidas
foi o jeito encontrado pelos recrutadores para avaliar competências que vão
além do conhecimento obtido das nas salas de aula. Para Manoela Costa, gerente
da Page Talent, unidade de negócios da Page Personnel dedicada ao recrutamento
de estagiários e trainees, essas perguntas servem para avaliar uma série de
capacidades dos candidatos: raciocínio, improviso, argumentação, criatividade,
autenticidade, jogo de cintura, humor, bom senso. “Se você se deparar com
alguma pergunta assim, a primeira coisa a fazer é respirar fundo e manter a
calma. Não existe resposta certa ou errada para estas questões, o que é
avaliado nestes casos é sua capacidade de lidar com situação de pressão e
imprevisto sem perder o jogo de cintura, bem como a estruturação do seu
raciocínio de forma lógica e coerente, trazendo argumentos plausíveis”, explica
ela.
As primeiras companhias a usar esse tipo de
recurso nos processos seletivo foram as norte-americanas. No Brasil, a prática
ainda é tímida, mas começa a aparecer com maior frequência como uma ferramenta
complementar ao processo seletivo. Segundo Manoela, da Page Talent, depende
muito da cara da empresa e do que ela que ela valoriza nos candidatos. “O
entrevistador também precisa ter sensibilidade para analisar as respostas. Uma
pessoa mal preparada poder desperdiçar bons candidatos”, alerta.
Além das questões bem pouco
usuais, utiliza-se também a estrutura de perguntas por competências. Nestes
casos, é bom responder trazendo sempre exemplos práticos. “Pode ser que peçam
para contar uma situação de trabalho em equipe em que você tenha tido que
administrar conflitos gerados por outros integrantes da equipe. Como você agiu
para resolver a situação? Nesta hora o importante é trazer exemplos reais e
mostrar os resultados conquistados”, ensina Manoela.
O que eu respondo?
O site norte-americano Glassdoor
reuniu algumas das questões mais estranhas utilizadas em processos seleções de
candidatos em 2012. Confira as perguntas mais curiosas:
PricewaterhouseCoopers
Eu e minha mulher estamos saindo
de férias. Qual lugar você recomendaria?
Amazon
Jeff Bezos [executivo-chefe da
Amazon] entra no seu escritório e diz que você pode receber US$ 1 milhão para
lançar uma ideia empreendedora. Qual seria?
Kraft
Foods
Em uma escala de um a dez,
classifique-me como entrevistador.
Google
Quantas vacas existem no Canadá?
Mastercard
Você consegue dizer “’Peter
Pepper Picked a Pickled Pepper” e vender uma máquina de lavar ao mesmo tempo?
Gallup
Sobre o que você pensa quando
está sozinho no seu carro?
Petco
Como você orientaria alguém sobre
como preparar uma omelete?
Astron
Consulting
Como você faz sanduíche de atum?
Urban
Outfitters
Escolha duas celebridades para
serem seus pais.
Bandwidth.com
Qual utensílio de cozinha você
seria?
Clark
Construction Group
Um pinguim entra por aquela porta
agora usando um sombreiro. O que ele diz e por que ele está aqui?
Marriott
Qual nota você daria para a sua
memória?
Fonte: Gazeta do Povo
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