Profissionais precisam estar atentos ao conceito pessoal transmitido pelas atitudes e a aparência física.
O profissional se acha muito engraçado, faz piada de tudo e de todos, mas na avaliação dos colegas não passa de um chato, repetitivo e inconveniente. Ou então pensa que é íntimo do chefe e tem informações privilegiadas, mas é considerado um típico puxa-saco. Uma coisa é certa: nem sempre a imagem cultivada pelos indivíduos corresponde à que colegas, chefes e subordinados têm deles.
Para a coach e consultora de carreira e imagem Waleska Farias, não há como dissociar a imagem profissional da imagem pessoal, embora muita gente ache possível. “O profissional pode até usar de recursos e subterfúgios para aparentar algo que não é, mas isso não resiste à convivência diária”, afirma. Segundo ela, a imagem profissional está intimamente ligada ao comportamento da pessoa. Nem sempre, no entanto, ela tem consciência da imagem que está transmitindo.
Em geral, a imagem que temos dos outros, sobretudo de quem estamos mais próximos, leva um bom tempo para ser construída e não depende de eventos marcantes, mas de pílulas de impressão adquiridas diariamente frente à postura e às ações no trabalho, nas redes sociais. “Tudo isso forma uma marca pessoal, que diz muito a nosso respeito e tem grande valor no mercado de trabalho”, observa Waleska.
Mas a imagem profissional também pode ser formada em pouquíssimo tempo, no contato rápido com um cliente ou fornecedor. “Existem estudos que dizem que as pessoas conseguem formar uma impressão em menos de três segundos. Linguagem corporal, aparência física, expressão facial. Tudo o que você fala e faz pode depor a seu favor ou contra você”, ressalta. O problema, neste caso, é que pode não haver tempo para reverter a má impressão inicial.
“Ter consciência da mensagem que se está transmitindo é fundamental. Às vezes, a pessoa está passando uma imagem que é totalmente contrária àquela que ela gostaria. Os objetivos devem estar bem claros. Quem eu sou e qual a postura profissional que eu quero construir e transmitir?” questiona Waleska.
Do estagiário ao presidente da empresa, a reputação profissional pode abrir – e fechar – portas no mercado de trabalho. Quando a imagem não condiz com a personalidade real ou pretendida, é sinal de que algo está errado. “Costumo dizer que a mudança ocorre tanto de dentro para fora – com a transformação do comportamento – quanto de fora para dentro, com a modificação da identidade visual”, afirma a coach de imagem Andrea Roque Neiva.
Andrea criou um método de coaching de imagem que reúne aspectos de auto-observação e conscientização para auxiliar no desenvolvimento de competências e habilidades individuais em busca da sintonia entre aparência e realidade. Neste caso, o processo de construção ou transformação da imagem profissional passa também pela mudança da estilo e vestuário. “Aplico a ferramenta para entender qual é o temperamento do profissional e se isso tem a ver com os seus objetivos de carreira. Nem sempre a pessoa tem consciência do seu temperamento e do que quer mudar”, diz. Como as escolhas e ações são baseadas no temperamento de cada um, uma das propostas do método é desenvolver competências que podem aproximar as pessoas dos seus objetivos.
“Já trabalhei com jovens talentos que, apesar da competência, não conseguiam uma promoção porque não transmitiam maturidade. Ou então, profissionais no topo da carreira que não tinham o respeito e o reconhecimento da equipe porque lhes faltava uma postura de liderança”, diz. Segundo ela, o autoconhecimento e a sintonia da imagem que a pessoa tem de si mesma com a imagem que ela revela aos outros são fundamentais para ter uma vida e uma carreira equilibrada.
Questione-se
Como saber qual a imagem que você está transmitindo.
Atenção
Observe como os colegas se relacionam com você. Eles valorizam sua opinião e o procuram em busca de ajuda? Você é uma referência positiva ou é excluído das conversas?
Informação
Pergunte aos colegas e até mesmo ao chefe o que eles acham da sua postura, quais os pontos positivos e negativos do seu comportamento. Esteja preparado para ouvir.
Fonte Gazeta do Povo
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