Por Paulo Cezar Gouvea
Como pode perceber o tema um tanto sugestivo, visto que muitas pessoas
já se depararam com essa situação, isso não só no ambiente empresarial e
corporativo, mas em boa parte da vida cotidiana, ou seja, quando a máscara cai
é uma forma de linguagem, diria até que uma metáfora da condição humana,
maneira figurada para dizermos daquelas pessoas aos quais nos recebem muito
bem, às vezes com um sorriso afável, às vezes com um abraço em outras até com um
simples aperto de mão.
Sabem aquele dito popular que “esmola demais o Santo desconfia” então
meus caros, é bem isso mesmo. Pare e pense; quantas vezes sorriram com você,
chamaram-no de parceiro, de amigo, gente boa e outros adjetivos e pouco tempo
depois acabara por descobrir por si só, que copiaram ou plagiaram uma ideia ou
um projeto seu e sem a menor cerimônia receberam o destaque, quando na
realidade era você quem o devia ser reconhecido. Pensou? Então está mais do que
na hora de avaliar o que é e o que quer dizer de fato a palavra confiança pra
você, ou ainda, o real valor dessa palavra, quiçá desse sentimento.
Pois é dessa maneira que um sem número de pessoas acaba perdendo o seu
espaço, não pelo fato de atualização curricular, mas pelo excesso de confiança
em pessoas que julgam serem leais. Também é sabido que em um ambiente
empresarial é preciso controlar desde os gestos mais expressivos ou os mais
simples, até a forma como se fala ou dirige-se para determinada pessoa,
independentemente do seu nível hierárquico. Esse ambiente em especial, merece
certo destaque em relação à palavra confiança, pois é nele que passamos boa
parte de nossas vidas, às vezes ultrapassamos a carga das doze horas diárias,
mas faz parte, de alguma forma estamos sendo reconhecidos por isso e que não é
o nosso foco nesse momento.
A confiança pode-se dizer que é um sentimento nobre, pois se leva um
tempo muito grande para adquiri-la e se gasta milésimos de segundos para
perdê-la. Existe um cuidado todo especial uns com os outros em um ambiente
corporativo, não estou generalizando, em muitas vezes as pessoas não são as
“mesmas”, há certa diferença entre o lado pessoal e o profissional, isso não
sou eu quem esta afirmando, mas vários pesquisadores e literatos são unânimes
em assegurar essa “tipagem social“ digamos assim, afinal “estamos no trabalho e
não em casa”, como já se ouviu falar.
E aí entramos no tema citado, a máscara cai quando o elo de confiança se
quebra, quando se descobre que a pessoa a que tanto confidenciou ou ajudou
falhou contigo em um momento precioso e quando mais precisou. Também, passou, a
saber, que através de uma sugestão sua dita aleatoriamente determinada pessoa
recebeu um destaque assumindo como de sua autoria a ação realizada e entre
outras semelhantes situações.
Em um ambiente de trabalho existe sim uma diferenciação entre o pessoal
e o profissional, porém, se existir honestidade, se a palavra compartilhar
tiver maior destaque que o competir à tendência é certo alinhamento, pois acaba
trazendo um ganho significativo para todos, desde a empresa até os seus
colaboradores.
Mas como fugir ou administrar essas situações? Isso vai depender da
visão e do sentimento de cada um, pois o que traz resultado positivo para um
não o traz para o outro, regra preciosa, a saber. Basta manter a autenticidade
acima de tudo, ser honesto consigo mesmo, aceitar também que todos são
diferentes, mas é juntos que se faz a diferença. Aprender e empreender que a
vida é ganha das formas, gestos, palavras mais simples e que nos rodeiam
cotidianamente, enfim, perceber o outro como um aliado e não como um inimigo.
Isso é claro, não é feito da noite para o dia, requer tempo, avaliações,
ponderações, requer acima de tudo maturidade e hombridade, pois nesse meio
tempo ainda existe a indiferença social. O Mundo profissional quem o faz são as
pessoas, uma marca forte, uma empresa forte é feita acima de tudo de pessoas
fortes. A competição é inevitável, isso é um fato, mas se preparar, saber
administrar e conduzir pode-se dizer que isso também se torna um diferencial de
valor. Já dizia o poeta, “... é preciso cair para levantar-se e seguir adiante
sem nunca perder a Fé no que se quer realizar!”, portanto meus caros, não
percam a Fé no que queremos para nós, afinal temos o mundo para conquistarmos
diária e humanamente. Ah, e quando as máscaras caem é que conhecemos
verdadeiramente às pessoas!
Paulo Cezar Gouvea, Especialista em Planejamento Estratégico e
Gestão da Qualidade, é também Bacharel em Administração, casado, possui uma
filha e escreve por gostar dessa que também é uma das mais belas formas de se
expressar. Tem passagens pelas Áreas: Administrativa, Financeira,
Logística/Operacional e Recursos Humanos.
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