Por Tania Klein
Em uma recente
pesquisa realizada pela Catho, sobre os motivos principais de desligamentos,
viu-se que 28,3 % dos profissionais saem ou mudam de emprego buscando uma perspectiva de carreira melhor e ao contrário do
que se imagina, 22,6% dos profissionais mudam em busca de um salário mais
atrativo. Isto pode tirar “da crise” a capa de vilã número 1 da rotatividade
nas empresas. Portanto, os maiores motivos que levam um profissional a trocar
de empresa é a possibilidade de crescimento, carreira e podemos acrescentar
aqui qualidade de vida.
Para reverter
esta situação e garantir que seus grandes talentos e potenciais permaneçam em
seus quadros funcionais, as empresas estão investindo fortemente em
treinamentos, capacitações e melhoria dos benefícios. Medidas emergenciais que
certamente farão o profissional pensar mais antes de mudar de empresa. Mas,
será que são suficientes para retê-lo?
Somando-se a
estas medidas, entram também o clima organizacional e a gestão de pessoas, onde
o comportamento das lideranças muitas vezes é o grande algoz e responsável pela
vontade do colaborador deixar aquela empresa.
Como
profissionais de RH, vamos estudando e observando os motivos que levam ao
aumento do índice de turnover na empresa. Mas, será que as medidas que tomamos
ou sugerimos que sejam adotadas surtem mesmo efeito?
Uma das coisas
que as empresas costumam negligenciar é a transparência, as decisões são “top
down”, mesmo que seja relacionada ao dia a dia das pessoas, como corte do
cafezinho, reciclagem de papel, escalas de serviço e muitos outros. Pensando-se
na “gestão com alma” e na “nova economia”, esse comportamento das empresas tem
prazo para acabar. Ou seja, quanto mais você integrar os profissionais de sua
empresa, fazendo com que participem de alguns assuntos mais eles se sentirão
valorizados e consequentemente estarão mais engajados.
Sendo assim, a
comunicação ativa, não apenas o anuncio de diretivas e ordens deve ser
praticado. A comunicação é uma via de mão dupla, emissor e receptor e nos cabe
no RH, fazer este papel entre empresa e empregado. Nosso ouvir precisa ser
livre de julgamentos. Estamos ali para encontrar as melhores alternativas, que
atendam as demandas da empresa e do empregado.
Entra aqui,
portanto, outro fator muito importante. Como atuam as lideranças? Estão
preparadas para dar E RECEBER feedbacks? Pois infelizmente, muitos líderes
acham que apenas eles “podem” falar e, ao tentar dar um feedback, são evasivos,
não se referem a fatos, esquecem de elogiar e pior ainda, muitas vezes falam
mais de suas conquistas do que sobre o desenvolvimento necessário do
profissional. É então o feedback uma ferramenta útil e importante para o RH e
toda a gestão da empresa.
O RH tem um
papel fundamental no desenvolvimento de suas lideranças e para isso aqui vão
algumas dicas:
Um bom líder
saberá certamente atuar junto a seus liderados (vamos entender líder como o
papel, não um cargo). Este profissional inspira as pessoas e conquista pelo
exemplo, não pelo autoritarismo ou imposição, mas por suas atitudes.
O líder busca
constantemente o seu próprio desenvolvimento e das pessoas que estão a sua
volta, sejam de sua equipe ou não, busca motivar e estimular a todos
continuamente para crescimento e melhoria continua.
Além disso, o líder exemplar sabe dar feedbacks
construtivos e assertivos, estimula o aprimoramento da comunicação entre sua
equipe, bem como de aspectos como foco, produtividade, automotivação,
negociação, inovação, criatividade, relacionamento interpessoal, planejamento,
visão sistêmica, entre outras coisas.
Se nos
atentarmos para essas dicas, veremos que podemos muito mais. O que fazemos com
as informações coletadas nas entrevistas de desligamento? Elas realmente são
utilizadas ou viram “pro form”?
Voltando ao
primeiro parágrafo deste texto, vamos desenvolver nossas lideranças, trabalhar
com afinco na qualidade de vida dos profissionais, dentro da empresa e
permitindo que eles tenham vida fora dela. Desenvolver a politica de plano de
cargos com a rota de carreira possível para quem trabalha na empresa. Sendo que
precisamos ficar atentos a flexibilidade de jornada, home office, part time
....
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Tania Klein, Professional & Self Coaching pelo IBC - Instituto Brasileiro de Coaching, Especialista em Gestão de Pessoas pela Universidade Tuiuti do Paraná, Pós Graduada em Psicologia Organizacional e Graduada em Psicologia pela mesma instituição. Mais de 15 anos de atuação dentro da área de Recursos Humanos, frente à processos de Recrutamento e Seleção, Treinamentos, Gestão de Pessoas, Desenvolvimento de Lideranças.
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