Por Tania Klein
Indicações funcionam?
Muitas pessoas entram nas
empresas através de indicações de conhecidos, amigos que possam ajudar.
Entretanto, vale ressaltar alguns mitos como:
Mito 1: a indicação colocará o cv
do indicado mais próximo do selecionador, mas não vai garantir nada, nem sequer
a entrevista, caso o cv não esteja de acordo com as necessidades da vaga.
Mito 2: empresas não contratam
apenas por indicação, pois o custo de uma admissão mal feita é grande e cada
vez menos as empresas querem arcar com isso.
Então, caso você conheça alguém
em uma empresa que possa encaminhar seu CV mais rapidamente ao selecionador,
use seu network (lembrando que network é uma prática constante e não apenas
quando se precisa de um favor). Se, numa triagem seu CV for interessante, você
poderá ser convocado para uma entrevista. E aí, temos outro ponto para
trabalhar:
Seu CV está interessante?
Este é um ponto absolutamente
importante. A internet está cheia de modelos e mais modelos de como elaborar um
bom curriculum e também com dicas interessantes e absurdas. Minha experiência
sempre me levou a gostar mais dos CVs de modelos mais simples, mas que me
apresentassem rapidamente a informação que eu necessitava. Um selecionador não
deve ficar mais que 1min lendo seu cv, caso contrário, já está “perdendo
tempo”.
Seus dados pessoais,
principalmente de contato devem estar em destaque e o telefone que você
informar precisa estar sempre funcionando, se não atender logo, poderá perder
uma chance.
As informações de sua experiência
profissional, precisam estar descritas nas empresas em que você as realizou,
bem como o tempo de permanência em cada empresa estar indicado.
Se fez cursos pertinentes a sua
área, relacione, colocando também a data e a instituição em que realizou. Se
fez cursos que não vão agregar nada à vaga que está pleiteando, deixe de lado,
pois informação desnecessária pode esconder o que é importante.
Ao encaminhar um CV você deve ler
com atenção a descrição da vaga. Ela apresentará as características necessárias
de quem eles pretendem contratar. Se você possui essas características,
destaque-as, mas JAMAIS invente algo. Você pode ter um CV diferente para vagas
diferentes. Mas, caso o selecionador entenda que você está “atirando” para
todos os lados, pode achar que você não sabe o que quer e isso ser negativo
para você.
Estamos em um momento de poucos
investimentos e com isso o número de candidatos é muito maior que o número de
oportunidades, nestas horas, vale o ditado: “A espada encontrada é a que mais
brilha”!
Você precisa encantar o
selecionador desde o envio de seu CV, pelo conteúdo, forma, integridade e
veracidade das informações. O conteúdo é a sua experiência, pense em tudo que
puder acrescentar que seja positivo sobre sua carreira. Isto também já irá lhe
ajudar no passo seguinte:
Preparado para a entrevista:
Se a entrevista está lhe tirando
o sono, pode ser que esta ansiedade seja reflexo da falta de preparo. E, posso
garantir que é muito triste ver um candidato que “treme” na frente do
selecionador por não conseguir responder uma pergunta sobre algo que ele teria
obrigação de conhecer: ele mesmo!
Faça uma boa analise de seus
pontos de destaque e também daqueles que você precisa desenvolver. Conheça suas
competências comportamentais e técnicas. Tenha seu planejamento de carreira
definido, saiba aonde quer chegar e o que precisa para isso. Em meu treinamento
“A ENTREVISTA DE OURO” faço um passo a passo de 7 dias com autodesenvolvimento
focados nesse assunto.
Antes da entrevista, já ao
encaminhar seu CV, se veja aonde você quer estar. Mentalize-se festejando a
vaga, o emprego!
Outros fatores:
Idade: muitas vezes entendemos
que nossa idade pode nos atrapalhar. Isso pode se tornar uma verdade caso
deixemos nossa idade passar à nossa frente. Calma, eu explico! Se você mostra
ao selecionador que tem realmente dinamismo, está atualizado e alinhado com sua
área de atuação, não será sua idade que vai lhe atrapalhar. Fique atento sobre
a forma que demonstra ter a idade que tem.
Contratações com salários
menores: O famoso “rebaixar” a carteira. Se isso acontecer dentro da mesma
empresa, ou seja, você muda de cargo e seu salário é reduzido, existe a
possibilidade de existir aí uma questão para ser discutida no âmbito
trabalhista, não vou entrar neste mérito.
Entretanto, por que então as empresas
não contratam quem já tece um salário ou cargo maior que o que estão
oferecendo, mesmo que o candidato JURE que não haverá problema? Muito simples!
As empresas conhecem bem sua capacidade em poder melhorar este valor e
normalmente não conseguirão antes da motivação do novo colaborador acabar ou
outra empresa com salário melhor o chamar. Portanto, dificilmente uma empresa
abrirá mão nesta contratação, a menos que tenha no seu orçamento uma condição que
permita aumentar o salário do recém contratado.
No caso de mudança de cargos, com
o “rebaixamento” acontece algo semelhante, mas, com um detalhe que você deve
cuidar. Caso não dê certo no novo emprego, em que seu cargo foi alterado para
menor, como explicar em uma entrevista essa situação? Você mesmo se complica.
Mas, para tudo tem exceção e eu não estou falando em regras, portanto, avalie
as possibilidades.
Dicas extras:
Esteja aonde seu empregador ou
cliente está! Seja proativo!
Se quer ser visto, faça por onde,
o marketing pessoal é muito importante. Frequente grupos de discussão,
participe ativamente, vá a feiras, eventos, congressos, enfim, aproveite para
estar aonde seu empregador ou cliente em potencial está.
Tenha claro o que você quer de
sua carreira, não é na frente do entrevistador que você deve descobrir coisas a
seu respeito!
As empresas infelizmente não tem
como dar um feedback completo de todas as entrevistas que realiza, dando apenas
muitas vezes o retorno do aprovado ou não. Seja você mesmo o responsável por
perceber em que pontos da entrevista você não demonstrou o conhecimento ou a
segurança necessários.
Espero ter colaborado!
Tania Klein, Professional & Self Coaching pelo IBC - Instituto Brasileiro de Coaching, Especialista em Gestão de Pessoas pela Universidade Tuiuti do Paraná, Pós Graduada em Psicologia Organizacional e Graduada em Psicologia pela mesma instituição. Mais de 15 anos de atuação dentro da área de Recursos Humanos, frente à processos de Recrutamento e Seleção, Treinamentos, Gestão de Pessoas, Desenvolvimento de Lideranças.
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