Por Paulo Cezar Gouvea
Em diversos momentos de sua vida já deve ter se deparado com
algumas situações: “Olhe você esta
falando alto demais!”, “O vermelho é
uma cor que não lhe cai bem!”, “Tem
certeza que essa é a melhor opção?”, “Use
esse modelo, é o melhor que temos!”, “Sempre
fizemos assim!”, enfim, uma enormidade de frases e afirmações ou em alguns
casos negações, que ora nos ajudam ou ora nos atrapalham, mas, convém refletir
a respeito, será que todas essas frases realmente nos proporcionam um norte a
ser seguido de fato ou cabe um questionamento?
Sim, na grande maioria das vezes as pessoas não questionam, apenas
executam e seguem a risca o que foi dito. Em alguns casos essas situações geram
algum desconforto, pois nem sempre o resultado apresentado é o que se esperava
e a pessoa sente-se frustrada por ter não ter seguido a sua própria intuição ou
até mesmo, não ter dado a devida atenção para a sua própria consciência,
confiando em demasia ao que lhe foi outrora passado.
Essas frases ou situações são consideradas um modelo mental que
acompanham a humanidade há um longo tempo, ou seja, um Paradigma criado e que
nos é passado de geração após geração, por isso um cuidado todo especial em
relação aos questionamentos nesse sentido. Muitas vezes, as pessoas optam por
seguirem a risca esses passos e pouco refletem em cima disso, deixando para
depois um questionamento ou até mesmo, esquecem e deixam que o fluxo siga dessa
maneira a fim de evitar um possível conflito.
Outro ponto interessante, é pensar a respeito de quando você esta
chegando ao seu trabalho ou em qualquer outro ambiente social, pronuncia um
sonoro “bom dia”, “boa tarde”, enfim, cumprimenta e pouco é correspondido,
chega todo animado ou animada e sequer lhe dão a atenção. Caso você silencie,
acatando essa negativa como uma resposta pronta e assuma para si o mau humor instaurado
no ambiente, esta deixando claramente que o outro seja dominante, deixando-se
ser levado pelo mesmo sentimento que assola a todos. Mas, se você ignora e
continua mantendo sua postura vencedora, com certeza o outro não conseguirá
exercer um domínio sobre você e tampouco insistirá nisso.
Esse ponto é de extrema relevância, aonde o outro me influencia, pois
as pessoas são dominadas de forma inconsciente, ou seja, alguém lhes diz que
deve ser assim, mantenha esse padrão, siga dessa maneira, enfim, um modelo
mental implantado e pouco criticado, o que denota na maioria das vezes que as
coisas estão paradas no tempo, não teve certa evolução no decorrer dos anos e
isso é válido para todo o meio ambiente e não se restringe apenas ao
profissional. Fato é que quanto menos questionamentos existirem, menos
incomodados as pessoas se sentirão e também, não o enxergarão como um rival e
sim, mais um a seguir esse mesmo modelo mental que aí se faz forte e presente.
O ideal é estudar o ambiente em que esta inserido ou esta
entrando, tentar de todas as formas compreendê-lo para em seguida e
gradativamente implantar a sua filosofia de trabalho, seu modo de ser e agir,
de tratamento em relação as pessoas, enfim, entendê-lo da melhor maneira
possível e explicando com exemplos práticos que é possível sim a mudança de um
modelo mental. Pois quem ganha com essa mudança é todos e não apenas um ou
outro, o benefício é realmente para todos.
Aonde o outro me influencia é de fato um grande Paradigma a ser
quebrado, pois na maioria das vezes nos deixamos de forma inconsciente que o
outro nos domine e quando percebemos, já estamos fazendo igual ou até mesmo
pior. Em situações como essas, é necessário procurar colocar-se em primeiro
plano no lugar do outro, tentar entender porque age e é assim, muitas vezes,
essa forma de ser já faz parte de sua essência e nem mesmo a própria pessoa
percebe. Após esse processo de avaliação e entendimento, o ideal é que seja
esclarecido o porquê algumas coisas devem ser mudadas e praticadas, o chamado
“pensar fora da casinha”, demonstrando na prática que muitas coisas podem ser
melhoradas e todos têm a ganhar com isso. Mudar é preciso, pensar e agir
diferente é preciso, pois evita doenças ocasionadas por esforços repetitivos e
ainda, alimenta a própria criatividade.
Paulo Cezar Gouvea, Especialista em Planejamento Estratégico e
Gestão da Qualidade, é também Bacharel em Administração, casado, possui uma
filha e escreve por gostar dessa que também é uma das mais belas formas de se
expressar. Tem passagens pelas Áreas: Administrativa, Financeira,
Logística/Operacional e Recursos Humanos.
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