Por Paulo Cezar Gouvea
Seguramente a frase bíblica: “Eu vim para servir e não para ser
servido!” extraída do Evangelho de São Marcos (10:45) nos diz muita coisa em
sua essência, ou seja, um claro sinal de que a Liderança é mais um ato de
solidariedade do que o pleno Poder como parece.
Ser líder, antes de tudo é colocar-se a serviço. É colocar-se
principalmente no lugar do outro. Colocar-se no lugar daquele que esta sendo
subordinado, dando claros sinais de que a empatia é uma necessidade extrema
nesse sentido. Pois a liderança um dia passa, mas, os exemplos outrora
praticados, esses permanecem.
Uma pessoa não nasce Líder, vai ganhando esse status e o
amadurecendo ao longo de sua vida, de sua trajetória pessoal e consequentemente
profissional. Por isso a clara importância de valorizar aqueles que estão ao
seu redor, ao seu lado, à sua própria equipe de trabalho, enfim, aqueles que de
fato o apoiam, pois essa atitude o torna um exemplo a ser seguido, compreendido
e imitado realmente.
Ser Líder, não significa exatamente ser um chefe de departamento,
coordenador de equipes, gestor de pessoas, supervisor, sênior, etc. Ser líder é
mostrar-se sereno, ter bom senso, manter-se tranquilo perante as grandes
dificuldades que o cercam, dos desafios constantes, dos conflitos
interpessoais, dos problemas de relacionamentos, da pressão exercida pelo
trabalho, enfim, inúmeros são os adjetivos que fazem parte desse cenário, mas,
sair-se bem e por cima deles, denotam explicitamente o grau de maturidade,
flexibilidade, compreensão e entendimento daquele que esteja exercendo efetivamente
essa posição propriamente dita.
Os desafios são inúmeros e constantes realmente e fazem parte
desse cenário, mas, convém ressaltar que são de extrema importância para a
evolução do Líder, ou seja, não esperar apenas pelas facilidades e sim, ter a
certeza de que há muita coisa que surge apenas nos momentos em que esta
executando tal atividade ou ainda, a frente desse cargo ou nessa posição.
Um líder erra e muito, se equivoca às vezes, falha em alguns
momentos, pois é um ser humano e como qualquer outro, é natural e faz parte.
Isso não significa que estando à frente de uma equipe não vá errar ou falhar,
inclusive, essa ação já esta embutida e faz parte do processo. O que não pode
acontecer é uma atitude dessas tornar-se recorrência, demonstrando claro
desinteresse e ao mesmo tempo, desrespeito com todos aqueles que estão à sua volta
ou ainda, se desfazendo de um investimento outrora creditado pela empresa,
companhia que faça parte.
Resumindo, não existe uma “fórmula mágica” para ser ou tornar-se
Líder, o que se espera, é que o detentor de uma posição como essa, use sempre o
bom senso, não utilize o cargo como trampolim para alçar voos maiores, passando
por cima das pessoas e em alguns casos, ultrapassando certos valores pessoais.
Devem-se passar por cima das barreiras, desafios, mas, de pessoas, jamais.
O verdadeiro Líder serve primeiro para depois ser servido, esse é
o maior exemplo deixado e escrito há mais de dois mil anos, não sendo, portanto,
uma novidade e sim, uma lição a ser lida, interpretada e aprendida diariamente.
Se alguém o colocou numa posição como essa, significa que confia e muito no
trabalho, discernimento, senso crítico e espírito de equipe da pessoa que
estará ocupando essa posição. Claro que sabemos que existem os casos de
favorecimento, troca de favores e etc., mas, nesses casos deve prevalecer o bom
senso sempre, pois o Líder trabalha para pessoas e com pessoas, o respeito e a
solidariedade sãos os maiores exemplos a serem praticados e deixados para
todos, independentemente de quem seja.
Paulo Cezar Gouvea, Especialista em Planejamento Estratégico e
Gestão da Qualidade, é também Bacharel em Administração, casado, possui uma
filha e escreve por gostar dessa que também é uma das mais belas formas de se
expressar. Tem passagens pelas Áreas: Administrativa, Financeira,
Logística/Operacional e Recursos Humanos.
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