Por Paulo Cezar Gouvea
O primeiro dia de trabalho dentro de uma empresa é muito
importante para o colaborador que esta chegando, pois é a partir desse momento
que muita coisa passa a ter uma significância enorme, sendo essas em
expectativas, realização e concretização de alguns sonhos, de projetos, ou
seja, uma enormidade de opções que fazem parte desse cenário.
Dentro desse contexto, não se pode esquecer que estão envolvidas
as pessoas, a equipe de trabalho, o Setor em que venha atuar, enfim, os novos
colegas que num futuro próximo e conforme as coisas forem fluindo, naturalmente
serão amizades para longa data e outros compromissos quiçá um networking.
Um ponto que chama a atenção e de extrema valia nesse momento é:
como será a receptividade? Como o colaborador novo será visto e aceito pelos
novos colegas? Esses questionamentos seguramente darão um norte a ser seguido
durante à trajetória profissional desse colaborador dentro da organização,
empresa ou companhia que venha a fazer parte.
Alguns sentimentos nesse instante passam a aflorar, ou seja,
ganham um destaque que pouco se visualiza, mas, que chama a atenção. A soberba,
por exemplo, é um desses, se o time em que o novo colaborador não o enxergá-lo
como alguém que esta chegando para somar e não tirar, certamente as coisas tendem
a seguir para um caminho tortuoso e de difícil solução para o gestor ou líder
da equipe.
A soberba é no sentido de não passar a informação, boicotar
treinamento, não querer compartilhar ou dividir algo que é importante para o
grupo e não apenas para si, ou seja, se mostrar mais que os demais e não
respeitar de fato quem está chegando para compor a equipe de trabalho.
Além desse sentimento, outro que ganha destaque é a insegurança do
próprio colaborador que esta há certo tempo na empresa, o conhecido medo de
perder a cadeira, o cargo, o seu lugar de fato. Pois fica explícito que quem
está chegando torna-se uma “ameaça” digamos assim, certamente esta vindo com
uma bagagem grandiosa em matéria de conhecimento, postura profissional,
compartilhamento de informações e o próprio trabalhar em equipe. Esses
sentimentos a soberba e a insegurança, são fatores que podem derrubar um
profissional em qualquer campo ou situação se não tratados com o devido cuidado
e atenção merecidos.
A gestão deve ter a clara noção do que ocorre com à sua equipe de
trabalho, por isso o espaço para o diálogo aberto, feedback devem ser canais
facilitadores nesse momento, justamente para evitar que um mal maior venha a
acontecer nesse sentido. Na grande maioria dos casos, o colaborador que esta
chegando pede a sua demissão ou vai para o enfrentamento, ou seja, expõe
publicamente o que esta acontecendo o que não é de bom grado para ninguém,
denotando claramente um “racha” na equipe de trabalho.
Para todo bom profissional que tenha passado ou venha enfrentar
uma situação dessas, o importante é mostrar a que veio, com o seu valor, com o
seu trabalho, esforço e dedicação, inclusive, mostrando claramente que não tem
nada a perder, foi contratado para uma determinada atividade e para esse fim que
esta se dispondo a passar de fato por cima dessas questões.
As intrigas, rivalidades, invejas e outros sentimentos também irão
aparecer no decorrer dos tempos e como já citado, fazem parte desse cenário
realmente, mas, o bom profissional, levanta a cabeça, sacode a poeira e avança
em frente, pois o que não lhe derruba, fortalece. Por isso a importância da
maturidade para certos casos e atitudes, saber lidar e administrar esses
sentimentos lhe darão seguramente a confiança que precisa para a execução e a excelência
no seu trabalho, ainda mais quando se tem um respaldo legal do seu gestor. Não
ser puxa-saco, mas, transparente nas ações e atitudes certamente o tornam mais forte perante esses pontos.
Paulo Cezar Gouvea, Especialista em Planejamento Estratégico e
Gestão da Qualidade, é também Bacharel em Administração, casado, possui uma
filha e escreve por gostar dessa que também é uma das mais belas formas de se
expressar. Tem passagens pelas Áreas: Administrativa, Financeira,
Logística/Operacional e Recursos Humanos.
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