Por Paulo Cezar Gouvea
O título desse texto é para chamar a atenção no seguinte ponto: É
possível ser feliz no ambiente de trabalho?
A felicidade é possível realmente
ou falamos apenas da boca para fora, justamente para amenizarmos ou mascararmos
alguma situação?
Seguramente essa questão é muito delicada e sensível para de
fato ser respondida de pronto. Primeiramente pela situação de mantermos a
chamada “política da boa vizinhança”, ou seja, falar aquilo que as pessoas
esperam ouvir. Já num segundo momento,
manter o clima em que se encontra e apenas contornar a questão com um simples
faz parte e para frente é que se anda.
Ser feliz no trabalho depende muito do estado de espírito de cada
pessoa, complicado responder algo de pronto e sem considerar o sentimento
envolvido. Na grande maioria das vezes, as pessoas agem de forma inconsciente
procurando agradar algum familiar ou amigo e deixar que as coisas fluam ao
natural, afirmando que esta feliz em seu trabalho, emprego atual e mascarando o
que de fato esta sentindo.
Existem situações em que as pessoas procuram enxergar o verde mais
reluzente do gramado do vizinho e esquece-se de valorizar o seu próprio
quintal, ou seja, subestimando o que tem à sua disposição de fato. Nesse caso o
ideal é repensar se o que esta fazendo, executando e se isso esta lhe trazendo
felicidade e independe da questão financeira, mas, do sentimento vivido
propriamente dito.
As frustrações, perdas, aborrecimentos, decepções com pessoas e
processos fazem parte de qualquer cenário em que esteja trabalhando, e todos
esses fatores não podem ser maiores que a própria razão de existir. São
sentimentos que testam qualquer pessoa ou profissional e quem falou que é fácil
ser feliz realmente? Por isso torna-se complicado afirmar se é possível ser
feliz no trabalho.
Em algum momento já ouvimos aquele célebre dito popular: “Embora
não esteja fazendo o que gosta, procure gostar do que esta fazendo!” O gostar e
ser feliz, são sentimentos que andam juntos em qualquer lugar ou situação, pois
um esta ligado ao outro e assim por diante. Ser feliz é o que de fato importa,
mas, ser realmente e não apenas da boca para fora, procurando agradar a esse ou
aquele, quando o mais interessando somos nós.
A felicidade depende em partes do lugar, do momento vivido, da
situação, mas, depende muito mais de nossas ações do que das outras todas, por
isso a importância de mantermos bem o nosso espírito, a nossa mente e
principalmente, o nosso corpo. Quando estamos bem com nós mesmos, as coisas a
nossa voltam tendem a rumar nesse sentido, no mesmo caminho.
Embora no passado tenham dito que a felicidade é efêmera,
passageira, atualmente pode-se provar o contrário, em linhas gerais, procurando
evitar rotinas, desgastes, embates sem necessidades, confrontos sem sentido e
por fim, bater de frente com algo que não o levará a nada ou lugar nenhum a não
ser para uma derrota impiedosa.
Essa tal felicidade é para ser vivida e sentida diariamente,
parece batido afirmar isso, mas, não é se não alimentarmos essa atitude, seguramente
estará fadado ao stress e outros adjetivos que procuram levar a pessoa para
baixo, desviando do seu foco e conseqüentemente desmotivando-a. a felicidade é
para muitos e não pode ser restrita a esse ou aquele grupo, para isso é preciso
sair da sua zona de conforto e partir sem volta para aquilo que faz ou lhe
deixa feliz. Uma dica, se ao fim do seu dia de trabalho, consegue chegar a sua
casa e após um bom banho, relaxar, colocar a sua cabeça no travesseiro e no
outro dia acordar cedo e partir para mais uma jornada, é possível que a
felicidade esta ao seu lado e ainda não percebeu, pois o sono e o descanso dos
justos é seguramente o mais feliz. Aproveitem e sejam felizes todos os dias,
afinal, estamos vivos e isso já é uma grande alegria.
Paulo Cezar Gouvea, Especialista em Planejamento Estratégico e
Gestão da Qualidade, é também Bacharel em Administração, casado, possui uma
filha e escreve por gostar dessa que também é uma das mais belas formas de se
expressar. Tem passagens pelas Áreas: Administrativa, Financeira,
Logística/Operacional e Recursos Humanos.