Por Tania Klein
Se você tem menos de 30 anos,
talvez não conheça, mas o River Raid foi um jogo de vídeo game muito famoso nos
anos 80. Eu era fã deste jogo do Atari. Claro que, nem se compara aos jogos de
hoje, mas ele para mim marcou demais. Falar dele hoje me dá uma certa
nostalgia, mas me coloca novamente frente a frente a um dos melhores conceitos
que pude ter e entender da vida. Assim como no River Raid, só passamos para a
próxima fase se realmente dominarmos a fase que estamos. Isso acontece em todos
os jogos, até no Mario Bros, certamente, mas o meu xodó é este aqui. Como ele
influenciou minha vida?
Um jogo 2D, e nem sabíamos que
era possível ter jogos com realidade virtual, simples, com um “joystick”
complexo de 1 botão e 1 alavanca, cartuchos que as vezes emperravam e era
necessário tirar do aparelho dar uma sopradinha e continuar jogando, tudo isso
preso a fios e cabos. Para a época, tudo avançado.
Mas e o jogo? Ah, esse é o ponto.
O cenário era um rio, que ficava
largo ou estreito, conforme avançávamos, pois era o avião que sobrevoava o rio
e era justamente ele que tínhamos que controlar. Os níveis eram divididos por
pontes, que tínhamos que atirar para destruir e de tempos em tempos apareciam
obstáculos como navios e helicópteros que precisávamos abater ou desviar e
ainda corríamos o risco de ficar sem combustível. Se você não jogou, não tem
idéia do que era conseguir estourar uma ponte sem ouvir a sirene do combustível
acabando! Super emoção!
E, aonde está a lição da vida?
Eu percebi muito cedo que alguns
acontecimentos eram muito parecidos em minha vida. Podiam ser em épocas
diferentes, com pessoas diferentes, mas os fatos eram semelhantes, estavam ali,
se repetindo. Foi difícil entender que assim como no jogo, enquanto eu não
dominasse a fase que estava, ou seja, não tivesse realmente aprendido a lição e
colocado o aprendizado em prática, as lições se repetiriam.
Concluir isso, foi relativamente
tranquilo, mas, como saber qual o aprendizado por trás de cada situação? Como
entender que o sofrimento, a dor, eram resultados de minhas próprias ações
(realizadas ou ignoradas) e pensamentos? E, pior, como saber se o que estava
fazendo era o suficiente para não ter que passar por aquilo novamente?
No jogo, se deixasse de abastecer
o avião quando passava por uma bomba de combustível, corria o risco de ficar
sem para completar o nível. Na vida, quando não me preparava, acabava tendo que
voltar e refazer a lição. O mais
interessante foi o que demorei mais tempo para aprender. Enquanto eu tentava
descobrir qual a lição, ou seja, o que tinha que fazer, deixava de perceber o
que já estava aprendendo e com isso, não praticava. Parece maluquice, mas é bem
assim. Se, ao chegar na próxima fase da vida eu não colocasse o aprendizado em
ação, começava a passar novamente por problemas parecidos! No jogo, se
esquecesse de abastecer, não acelerasse ou freasse na hora certa, corria o
risco de morrer e ter que começar tudo outra vez.
Foi depois de muito tempo que
entendi também, que a gratidão e o perdão são irmãos, sem eles não avançamos.
Se não fizermos as perguntas certas, receberemos respostas erradas.
Como no jogo, aceitar que falhei,
me perdoar, agradecer por ter a oportunidade de continuar a aprender e, com
muito mais vontade: continuar querendo passar para a próxima fase.
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Sou Tania Klein, disposta a
ajudar você a Construir sua Carreira e Vida!
Tania Klein, Professional & Self Coaching pelo IBC - Instituto Brasileiro de Coaching, Especialista em Gestão de Pessoas pela Universidade Tuiuti do Paraná, Pós Graduada em Psicologia Organizacional e Graduada em Psicologia pela mesma instituição. Mais de 15 anos de atuação dentro da área de Recursos Humanos, frente à processos de Recrutamento e Seleção, Treinamentos, Gestão de Pessoas, Desenvolvimento de Lideranças.